Olha, vou confessar que em certos momentos eu sou um cara de sorte.
Quem está acostumado a ler este impoluto blog já sabe que eu costumo “harmonizar” cerveja com bons discos. O detalhe é que eu escolho o disco ainda sem provar a cerveja. E, na maioria das vezes, acerto em cheio nas combinações. Só para lembrar, eu já combinei uma trapista com Pink Floyd, uma british ale com Paul McCartney, uma stout com Jimi Hendrix, uma IPA com Lou Reed e por aí vai.
Hoje, sabendo que iria provar uma cerveja tradicionalmente forte e genuína, escolhi o mestre Neil Young e um de seus clássicos, o disco Rust Never Sleeps, onde o lado A apresenta canções “plugadas” com a Crazy Horse sentando a lenha e no lado B apenas canções acústicas com algumas das principais preciosidades já escritas no mundo da música pop.
Mais uma vez acertei em cheio.
Ao provar esta belíssima Coopers Best Extra Stout, me me deparei com uma cerveja forte e intensa, ao mesmo tempo leve e equilibrada. Lado A e lado B juntos na mesma garrafa.
Só para constar, quem se liga neste mundo de delícias etílicas e lupuladas sabe que a cervejaria australiana Coopers Brewery não brinca em serviço e tem um rótulo melhor que o outro.
Mas vamos aos fatos:
É boa?
Hey hey, my my
Essa cerveja é boa demais!
Por quê?
Estamos diante de uma cerveja extra stout com um aroma delicioso de café e malte torrado. Corpo leve e refrescante, mas sabor forte! Alcoólica na medida (6,3%), o sabor já traz um delicioso amargor numa mistura perfeita entre o malte torrado e o álcool. No final, fica na boca um sabor seco onde você se dá conta que o lúpulo também veio pra brincar. É o famoso gostinho de quero mais!
Vale a pena?
Meu querido, pagar uma média de dezesseis reais por essa belezinha é uma pechincha! Custo benefício excelente, porque é uma cerveja muito acima da média.
Em resumo, uma cerveja de se tirar o chapéu (do Neil Young, do Crocodilo Dundee e de quem mais vier…).
Cheers!